quarta-feira, 17 de novembro de 2010

... Por mãos negras


A Acadêmicos do Setor 1 lança a sinopse oficial para compositores do Carnaval Virtual 2011: "...Por Mãos Negras". Com isso, fica estabelecido o início do período de inscrição dos sambas para o concurso que escolherá o hino oficial da agremiação para o próximo desfile. As Regras para entrega são simples: basta enviar seu samba - que pode ser sem bateria - para o e-mail academicosdosetor1@hotmail.com, preferencialmente com duas passadas, pois todos os concorrentes serão exibidos na Rádio LIESV.

Há o limite de inscrição de dois sambas por pessoa ou parceria. Ou seja, são permitidas as seguintes situações:

- Dois sambas por pessoa
- Dois sambas por parceira
- Um samba pessoal e outro em parceria

Acima deste limite não será permitida a inscrição, sendo os dois primeiros sambas enviados considerados como os válidos. A data final de entrega de letra e áudio está fixada em 31 de Janeiro 2011. Abaixo, segue a sinopse completa:

JUSTIFICATIVA

África...

Dito berço da humanidade, expurgado pela história, pelo tempo e pelos homens que hoje se dizem civilizados e desenvolvidos. É onde a vida ganhou forma, mas também nuances de descaso, fome e exploração.

Qual negra áfrica julgamos conhecer? Aquela prostrada diante da cobiça do europeu, que pariu escravos para as Américas, ou aquela retalhada pelo furor da modernidade? De fato, não há como fugir das sangrentas e dolorosas páginas da história, mas, hoje, o nosso carnaval traz rosas límpidas que ornam tribos, verdes de um cenário multifacetado e douradas de uma realeza que outrora conhecia o sentido da majestade.

Uma áfrica negra, sutil, efervescente de cultura; que cria e produz arte: isso mesmo, arte... Uma palavra tão simples, tão significativa, mas que parece exclusividade daqueles que marcaram seu nome na história.

A Acadêmicos do Setor 1 convida todos a mergulhar nessa história a qual não é dada a devida atenção. É um tributo aos açoitados pelo destino, uma ode à negritude!

Salve a Arte Negra!

SINOPSE

Brilha a coroa da Academia Verde e Rosa! Que trás a pujança da realeza africana. Das mãos de ouvires artesões, a suntuosidade de reinos que ostentavam poder. Seja nas tortuosas e expressionistas esculturas de Ifé, seja nos trabalhos decorativos de bronze de Igbo-Ukwu, a arte cintila num continente rico, talhado em marfim, ouro e bronze.

As mãos negras esculpem o mundo em sua volta: marcas de luta, lanças, espadas e escudos. É a arte contando a sua história. Nas esculturas, o passado se faz presente e o presente fica tão pequeno...

O negro não se prende às correntes formais para criar. Há sensibilidade! Mostra a figura humana em sua essência, seus valores, sua própria alma. As máscaras guardam toda expressividade do homem, pois este tem face e por ela podem ser vistos seus sentimentos. Tingem o corpo com cores fortes, contrastando com a palidez do lugar. As marcas da face ganham mais vida; as expressões, mais sentido. A abstração nas telas e a força dos retratos são marcas de olhos artísticos que não enxergam limites. É autêntica porque guarda a memória da ancestralidade e exalta as suas tradições.

Entre cantos e danças a alma é inebriada pela ritualística tribal de louvação ao divino. É uma ópera da vida. Vida esta que não fora esquecida. Rufam os tambores em louvor aos Deuses, à Terra , à vida! É a manifestação mais singela e real da arte da contemplação. O corpo entra em transe, em comunicação com as divindades. Os pés, nus, em contato com a terra, absorvendo as forças do chão, os movimentos sinuosos que paralisam olhares. E o batuque constante que exalta a sua história, suas entidades, suas origens.

O negro vê na arte um caminho para expressar a sua voz, suas inquietudes. Enquanto em meados do século XX o mundo respirava o Modernismo, a negra África tentava se despir do arcabouço colonialista: era preciso valorizar a sua identidade. Escolas de artes são erguidas, um movimento de reafirmação da negritude e de seus valores culturais.

Salve Ernest Mancomba! Salve Gerard Sekoto!

Exemplos de artistas negros africanos que lutaram por seus ideais, contra a estrutura de dominação. Relegados e oprimidos pelo apartheid sul-africano, eram a contradição de um movimento de cunho artístico que se dizia pregador da liberdade de expressão. Refugiaram-se num país branco porque sua pátria negra, enraizada na segregação, não os davam o devido valor. Mesmo sem ter retornado à África, pintaram sua terra, lembrança das suas raízes, suas tradições. Mostraram para o mundo o que a própria história tentava apagar. Ela, tímida manifestação, segue lutando por seu espaço. O Ocidente tem a ignorado e segue a ignorar as reais e enormes contribuições da África Negra para a civilização humana.

Moderna, contemporânea... efervescência do século novo, que ganha as amostras culturais pelo mundo, se rende à ousadia que movimenta o gênero artístico africano atual. Traços fortes e abstratos não se sobrepõem às tradicionais manifestações. É uma lição à humanidade. A arte não deve sobrepor a arte, nem o presente ao passado!

É a diáspora artística negra... É ela, genuína, retalhada pelas contradições humanas: não ficara presa aos limites continentais africanos. Do tango ao reggae, o legado africano se faz presente. Das expressões insinuantes e próprias à inspiração de Pablo Picasso para arte cubista. No Brasil o Semba se fez Samba. Entre lundus, afoxés e caxambus, a negritude supera as dores da exploração fincando suas raízes culturais.

É a arte que supera as ambições humanas; que não vê fronteiras nem limitações de um mundo de contornos turvos; que ganha formas e tons de vida. São palhas que viram arte; pedras que viram jóias; tintas que viram faces. Culturas forjadas e traçadas...

... por mãos negras.

Comissão de Carnaval

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Mãos à obra!


Caros amigos Setorunzenses, o trabalho já recomeçou. A Acadêmicos do Setor 1 vem para o Carnaval Virtual de 2011 com o mesmo grupo que a sagrou campeã em 2010. Da presidência à comissão de pesquisa, todos os membros foram mantidos na equipe, que já escolheu o novo enredo da escola.

No ano que vem, a Verde, Rosa e Dourado apresentará 'Negra Arte Negra' na passarela João Jorge Trinta. Com nome ainda provisório, tal enredo fala sobre a peculiaridade da arte dos povos da África, que apresenta riquezas visuais e culturais pouco exploradas.

A sinopse oficial será divulgada no próximo dia 17 e você ficará sabendo através do nosso Barracão.

Até lá!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um sonho em três anos


Qual a fórmula ideal para se chegar à vitória? O que é necessário para se vencer e brilhar? Muitos se fazem tais perguntas diariamente, procurando crescer em todos os aspectos da vida. Não, não existe uma receita de bolo ou uma bula que dê o passo a passo do “Como ser vitorioso?”. Mas, para que se consiga alcançar as glórias e se destacar em qualquer parte do mundo, um aspecto é fundamental: a união.

Calcado na velha máxima “A união faz a força”, nasceu a Acadêmicos do Setor 1. Com a mais pura das intenções de se viver o carnaval virtual e exaltar o samba, se juntou ao projeto mão-de-obra de todas as partes do país: literalmente do Pará ao Rio Grande do Sul. E, vencendo as barreiras espaciais através do mundo digital, a Verde, Rosa e Dourado logo mostrou suas cartas na manga: a organização, a exigência e, principalmente, o amor ao samba. Era o começo de uma história, criada por amor ao carnaval.

Logo veio à tona a união de talentos variados e complementares. Era show no microfone, era maestria na organização, era criatividade na escrita, era magia com o som. E os resultados vieram. Com apenas três anos, idade em que as crianças ainda nem mesmo balbuciam suas primeiras palavras, a Acadêmicos do Setor 1 alcançou a glória máxima que uma escola de samba virtual pode alcançar. No dia 15 de agosto o sonho se realizou: Setor 1 campeã do Grupo Especial da Liesv.

Se o caminho não foi tão longo quanto para a maioria, a certeza é que ele foi mais duro do que para qualquer outro. Junto à união, percebeu-se que deveria fazer parte da fórmula para vitória uma série de noites mal-dormidas, discussões ásperas com os amigos e, é claro, muita persistência.

E o que fazem os vitoriosos quando alcançam um objetivo? Refletem e percebem que a vitória não chegou, e nunca chegará. Vitorioso é aquele que é inquieto, insatisfeito e insaciável. E a Acadêmicos do Setor 1, através de toda sua equipe, é assim. Que a vitória esteja sempre no horizonte verde, rosa e dourado. E que a união seja o caminho

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pontapé inicial 2011


Alô, amigos setorunzenses! A Acadêmicos do Setor 1 já começou os preparativos para o quarto ciclo de carnaval da sua história. Atual detentora do título, a Verde, Rosa e Dourado agora decidirá qual tema será apresentado na passarela virtual no ano que vem e quer contar com a sua contribuição.

Depois de abordar o cinema brasileiro; as flores e a religião; e a História ao contrário, a Setor 1 abre espaço para os amantes do carnaval mandarem propostas de enredo para 2011, que, caso aceita, será desenvolvida pela equipe da escola e apresentada na João Jorge Trinta. Use sua criatividade e inspiração para contribuir com nosso próximo carnaval e nos ajude a chegar ao bi-campeonato do Carnaval Virtual.

Os interessados devem mandar suas propostas de enredo detalhadas para o e-mail academicosdosetor1@hotmail.com até o dia 18 de setembro. Contamos com sua contribuição!

Barracão reaberto

Caros amigos setorunzenses, estamos reabrindo as portas do Barracão da GRESV Acadêmicos do Setor 1 para que todos os amantes do carnaval virtual e simpatizantes da escola possam interagir com a agremiação e saber das informações do dia-a-dia da Verde, Rosa e Dourado.

Aqui, você ficará sabendo das novidades da escola em primeira-mão e poderá deixar seu comentário, crítica ou sugestão. Sintam-se à vontade. O Barracão é de todos nós.

quarta-feira, 3 de março de 2010

REESTREIA - SITE AS1

O site da Acadêmicos do Setor 1 está de volta com muitas novidades e as atualizações sobre o carnaval 2010, não perca!!!

E fiquem atentos, porque a próxima novidade da Academia Verde e Rosa será exibida em primeira mão pelo site, e é novidade das boas


ACESSEM:

www.setor1.kit.net

"Criamos essa História por Amor ao Carnaval!!!"

Victor Raphael
Presidente do GRESV Acadêmicos do Setor 1

terça-feira, 2 de março de 2010

Compre a Camiseta da Acadêmicos do Setor 1!!!



A G.R.E.S.V. Acadêmicos do Setor 1 tinha o objetivo de fazer a marca da agremiação ser divulgada, e precisavam de um veículo fora das telas de computador para isso.

Assim, surge a Camiseta Oficial da agremiação, para que seus torcedores possam sair às ruas e fazer de si um chamariz para a escola. Era necessário o financiamento dos custos de produção destas camisas. Quanto a isso, a escola conseguiu uma parceria com a Spoleto, empresa do ramo alimentício estabelecida no país inteiro, oferecendo excelente cardápio de culinária italiana em geral.

A camisa é confeccionada em algodão e carrega, além das cores verde, rosa e dourado, a coroa, com o lema da escola: “Criamos essa História por Amor ao Carnaval”, complementa a frente, o logotipo da LIESV (parte inferior). Na parte traseira os torcedores podem colocar seu nome ou então a inscrição "Torcedor", acompanhado do site da agremiação http://www.setor1.kit.net/.

Como adquirir a sua?

Para adquirir a camisa da Acadêmicos do Setor 1 é muito simples: basta enviar um e-mail para academicosdosetor1@hotmail.com ou victor.rapphael@hotmail.com.br e fazer o seu pedido, com o tamanho da camisa, que retornaremos com as demais informações. Se quiser temos também o atendimento via telefone, através do (67) 8451-9256.

Esperamos sua visita, e boas compras!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

SAMBA OFICIAL 2010 - ACADÊMICOS DO SETOR 1

Na noite do dia 27 de Fevereiro de 2010, o GRESV Acadêmicos do Setor 1 deifiniu o samba que contará a História ao Contrário através de musica no carnaval virtual da agremiação. Este ano 14 sambas concorreram na escola, mantendo a média de grandes safras, tal e qual 2009.

O presidente Victor Raphael, antes do inicio do evento falou um pouco sobre as mudanças não so na forma de fazer enredo da escola, quanto no formato do concurso: " O processo anterior gerava muita especulação, embora tenha sido um sucesso de audiência, e a LIESV ter acompanhado todas as eliminatorias com muita assiduidade. Esta nova forma dá mais o clima de indecisão, já que todos os sambas são, na verdade, finalistas. E o sucesso com 14 sambas é sinal de que não erramos na sinopse para os compositores, fora que mudamos o estilo do enredo para algo mais linear, e parece que surtiu efeito, com a grande qualidade dos sambas envolvidos na disputa"

As 21 horas, a final começou a ser exibida na rádio LIESV, com transmissão do diretor de carnaval Gustavo Wilman. Cada concorrente teve o tempo de uma passada e meia para exibir suas qualidades para os espectadores do Fórum LIESV no msn (mgroup68657@hotmail.com). Logo após a apresentação dos sambas, houve aquele tradicional intervalo para deixar o suspense maior até que o vencedor foi anunciado:

Ganhou a parceria de Imperial e Arthur Macedo, o samba de numero 3, na ordem de inscrição. Imperial, que fora semifinalista no concurso de 2009, ao lado de João Pinho (que também concorreu esse ano, porém, em vôo solo) e Biel Carioca. Arthur Macedo já é vencedor em seu primeiro ano como concorrente da Academia Verde e Rosa.

Então, a todo o publico que acompanha a nossa agremiação, segue a gravação do samba escolhido pela Academicos do Setor 1 como seu hino oficial para o Carnaval Virtual de 2010 - LIESV na voz de Arthur Macedo



GRESV Acadêmicos do Setor 1
Carnaval 2010 - Samba Vencedor
Enredo: Boiuna-Mbara A História ao Contrário
Autores: Imperial e Arthur Macedo

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Sambas Concorrentes: Cecel Altaneiros



Boiúna Mbara
Nos leva a navegar...
Nas águas de Iara ou de Odoiá
A ver o verde das matas
Iluminadas por Jaci e Rudá
Aqui onde o tempo não passa!
O Xamã profetizou
Que os trovões anunciavam
Tempos de trevas e de dor ... ô ô ô
Reinaria o mal e a crueldade
Assim o caos se instalou

Tem pajelança, até romper o dia
Os maracás ressoam, é magia!
Em meio à fumaça dos Paricás
Rituais para o mal recuar

Tupã chicoteava o céu
Raios de luz ... uma “Parusia”
Anhangá e os seus caíram
Cumpriu-se a nova profecia
Um novo ciclo! um carnaval!
Toda mata está em festa
Celebrando a vida!
Tem confete e serpentina na floresta
Baile sem máscaras, igualdade!
Todas as raças em harmonia
Nesta grande roda-viva
A plebe se mistura à burguesia
Restou então ao maldito senhor
Ouvir este canto de amor

Em noite de lua cheia!
Índio pintado de verde e rosa
A Setor 1 incendeia
Indo pelo avesso da história

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sambas Concorrentes: Rodrigo Raposa e Diego Araújo



Um canto nativo desperta
Ao som dos tambores em festa
Vai passar, vai viajar
Nessa história milenar
Então o deus do trovão
Revela ao xamã na imensidão
A escuridão que doma o lugar
Sem o luar, pra abençoar
Vai boiuna navegar

LEVA AS CORES DA VIDA
CONTRA A OPRESSÃO
CIÊNCIA DA TERRA BENDITA
EM DEFESA DESSE CHÃO

E surge então, a redenção
Na pajelança, iluminação
A força que destrói a maldição
E assim...
A esperança faz raiz
A cor de um novo matiz
Pra despertar do sonho gira
Numa festa sem igual
Nos olhos de um curumim
Vai refletir a sabedoria
Pra eterniar no seu coração
Herdeiros da Tradição

PULSA NO PEITO UMA PAIXÃO
O VERDE E ROSA DO MEU PAVILHÃO
UM SONHO TÃO ESPECIAL
ACADEMIA CAMPEÃ DO CARNAVAL

Sambas Concorrentes: Rodrigo Raposa



Guerreiros de Orú, Jaci, da terra
Recebem o sinal do deus do raio
Anhangá, diabo velho, dominava
Terras escondidas de além-mar
Clamor divino
Revelada pelo seu xamã
A liberdade para um povo que sofria
Deu a missão o grande Tupã

VAI NAVEGAR... BOIÚNA
"MBARA" O MAR ATRAVESSOU
OBATALÁ REFAZ A HISTÓRIA
DEIXA NA MEMÓRIA
QUE A PAZ VENCE A DOR

Como disse o senhor a seus soldados
Uma falsa fé reinava
E a vida tinha valor
Do adanidá, a redenção
Com a força de um trovão
Veio pra purificar
O poder de recomeçar
O índio mostrou para o homem
A mata que cura
E o poder do amor
A religião e a alegria do povo daqui
Que faz do seu grande Dabacury
O mais belo carnaval

VIVA TUPÃ, SALVE ABEGUAR
ODOIÁ, Ó MÃE... POVO DA MATA
DA SETOR 1 VAI RESSOAR
UMA UTOPIA TUPINAMBÁ

Sambas Concorrentes: Lucas Vagner, Yuri Aguiar, Murilo Sousa, Leandro Thomaz e Luiz Henrique



Uma terra de verde pintada
Onde o tempo não passava
Circunda o sol no céu azul
Reflete o luar...
Os filhos do mato cantam em louvação
O deus do trovão anuncia: É hora de partir
Vem do outro lado do mar...Do mar
Terra da escuridão...
É o domínio de Ahangá
É o início de sua dominação

Atravessar...O oceano desbravar
Sob as bençãos do mar...navegar
E salvar... um povo que clama por liberdade
Um sonho a realizar: Boiúna Mbara!

Brilha a devoção
Em ruínas uma civilização
Moldadas por santidades
Saudada em toda parte
Um herói redentor
A transmitir sabedoria
Da miscigenação um novo amor
Romances, fantasia
Desabrocham em um novo carnaval
Guardando a tradição
O conhecimento de um povo
Melodia que ainda toca o coração

Desbravando a história
O rumo certo vou buscar
Sob suas linhas sinuosas
Anhangá me ouvirá

Sambas Concorrentes: João Pinho



OOO
ECOA O CANTO QUE ENCANTA O MEU TAMBOR
SETOR 1 É ASSIM, PAIXÃO SEM FIM
O VERDE E ROSA É MAIS AMOR

Sopra o vento, quando o luar combate a escuridão
Faz da divindade o seu alento
Contra o medo que adentra a imensidão
Pelo balanço que envolve o mar
Os guerreiros de Abeguar
Buscam libertar o sorrir
Na triste terra de Anhangá
Ganancias deixam marcas sem fim
As sombras escodem, o canto de um povo
Que apenas tenta ser feliz

NO HORIZONTE A GUERRA SE FAZ
OOO E A AMBIÇÃO VAI BAILAR
É ANHANGÁ...É ANHANGÁ
DA MISÉRIA, DA DOR SEM PENAR

Vozes entoam a libertação
Nas matas as sombras se entregam a paixão
É deus tupã, as divindades trazem o amanhã
Como um pajé que cura o coração
Pajé da luta, pajé do perdão
Sonhos palpitam na luz a brilhar
Tambores vão anunciar
Essa ciranda, onde tudo vira dança
Um novo encanto se espalha pelo ar
É o verde e rosa que passa encanta o povo e espalha
O seu amar!!!!

SOU SETOR 1 DO BATUQUE QUE TE FEZ SAMBAR

domingo, 31 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes: Thiago do Porto



O tempo vestia esmeralda
Velando os filhos de Dabacury
Até que numa voz enevoada é feita a chamada
Ao reino de Anhangá se deve partir
E assim se fez
Se a escuridão descansa além do azul do mar
Velas ao vento, rumo as águas deslizar
Lançados sob o véu de Abeguar
Têm na bagagem só a coragem
Cortando a espuma Boiúna vem
Singrando o alto jaz majestosa
Linda coroa sobre manto verde e rosa
A pele vermelha tingida na tez do luar
Em negro desfaz-se ao longe avistar
O paraíso da destruição
De onde emanava soberba e ambição

Do impávido horror vai jubilar o amor
Nas trevas a vida enfim nascerá
E uma nova era de luzes e cor
De além do eldorado assim chegou

No peito morava o brilho fosco da dominação
Por sob as mantas exalava o fel
Correntes guardam um lugar no céu
É forte a dor que leva a ira para o coração
Mas sabedoria é arma que concede a redenção
Ressoa! Desperta! A força liberta
Ao evocar pajelança a vagar
Se afasta o terror, faz a paz reinar
Vem da mata a cura e nos salões brota a cultura
A caravana há de enfim retornar
E ao longe um hino de louvor se ouvirá

Sou a voz da tradição
E sob as ordens de Rudá
Meu canto ecoou e baila no ar
Contando em samba a história
Que ensinam na Academia
Setor 1 é o raiar de um novo dia

Sambas Concorrentes: Luiz Tannus



Dos delírios de um artista idealista
Uma história ao contrário vou narrar
Era uma terra verdejante imaculada
Sagrado império ritual tupinambá!
Uma profecia na reza do pajé
Ao infinito era preciso viajar!
Guerreiros que irão batalhar
Contra o mal de Anhangá
E assim vejo Boiúna singrando o Mar!

Oooo
Terra de ruínas tingidas de dor
Oooo
Miséria imposta pelo opressor
sujeira, fome e hipocrisia
Decadência de um império onde o sol já iluminou!

E assim!
Os soldados vermelhos chegaram ao destino
Vislumbraram o choro de um povo sofrido
Era necessária a rvolução
E ao rufar dos tambores, O ritmo dos maracás
Tupã anuncia a redenção
Fechos de luz devolvem a cor
O senhor do mal enfim caiu
Ocorreu assim a miscigenação
Europa matizada de Brasil
Renascendo em tons do grande Tupã
Alvorecendo um novo amanhã

O meu manto verde e rosa
Quando adentra a avenida
Emociona minha alma e com este show de arte e vida
Setor 1 tu és esplendor, tua coroa vai brilhar
Na pajelança até o dia clarear!

Sambas Concorrentes - J. Mauro



Na Revelação de Tupã
Há imensa escuridão
Vinda de além – mar
Para libertar essa gente
Os guerreiros construíram
A grande embarcação
Boiúna Mbara !.
No Paraíso da destruição
A aliança guerreira
Contra os servos do mal
E o ímpeto da Igreja,
A Sabedoria anciã (na pajelança)

Tupã o céu chicoteou
Rudá não iluminou
Jaci não surgiu
Anhangá fugiu


As correntes se quebraram
A liberdade enfim chegou
Para curar as cicatrizes
Os heróis fincaram sua raiz
Na miscigenação das raças,
Renasceu a arte
Nos Palácio de Veneza,
Desabrochou o carnaval
As Forças de atração do coração
Faz os herdeiros retornarem
Ao berçário da vida
O conhecimento milenar
Ainda corre nas veias
Das crias da natureza

É o samba da setor 1
Contado em poesia
A História ao contrário
Devaneio e fantasia
No meu carnaval

sábado, 23 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes: Marco Maciel



Anhangá, Anhangá
Me devolva a luz do dia (bis)
E o brilho do luar

A treva se sobressai
Sofrimento prolifera
Tanta amargura desfaz
Os anseios por quimera

Anhangá, Anhangá
Me devolva a luz do dia (bis)
E o brilho do luar

Boiúna Mbara
Jornada guerreira para libertar (bis)
É força, é garra, é fibra
Esperança vibra no azul do mar

Sangue jamais
Só basta sabedoria
Abençoada primazia
Pajelança é louvação
Ganância é maldição
Aqui não é o seu lugar
Estenda a sua mão pra recomeçar

Entra nessa ciranda
Vamos todos festejar (bis)
Cantar linda melodia
Para a vida celebrar

Alô Setor Um
Vem pro paticumbum
Que a minha Academia
Reina no ziriguidum (bis)
Linda história pra contar
Uma glória a exaltar
Pra almejar a redenção
Muita paz no coração

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes: Samuel Santos



Será que já raiou a liberdade?
Será que a liberdade não raiou?
(Será será)
Que o índio se escravizou
Nas mãos do homem branco?
O céu desce toca o chão
Anhangá, a “alma que corre” na escuridão
A chama jamais irá apagar
As marcas neste altar
O pedido a Boiúna
Mbara Boiúna
O Paraíso transformou em Inferno
Na ira de Tupã
Jorrando as lágrimas de Jaci
Uma tragédia infeliz

Um altar em verde e rosa
Uma oração em verso e prosa
Prevendo o luxo de poucos
E o lixo de muitos
Um renascimento
Na esperança de um novo amanhecer

Uma nova era iniciou (ÔÔÔ)
As ervas da cura dos pajés
O vento sobrou na Europa, miscigenação
Cultura, informação
Da Mãe-Terra fez raiz
Um canto ecoou
Festejando a vida
Em uma redenção de sabedoria
O despertar de um novo dia
De muita paz e alegria
Porque a liberdade já raiou

Contando a história ao contrário
O meu samba é do avesso
Vem pra avenida, Setor Um
Mostrando essa lenda de norte a sul

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes - Willian Tadeu



Rufa o tambor em ritual... ao luar
Para uma verdade revelar
É o trovão que anuncia
Há mistério além do mar
Uma terra padecia
Sob a sanha de Anhangá
A vida sentia a tristeza
E o brilho de cada olhar
Fora roubado por pedras a cintilar

SÃO CARRILHÕES, OS GUARDIÕES
DE TANTA DOR NOS CORAÇÕES
ONDE A MORTE ASSOMBRA A FÉ... HAJA FÉ!

Desembarcam os guerreiros de Tupã
Para um novo dia iluminar
Sabedoria ancestral pra vencer o mal
E ao som do maracá
A pajelança se fez
O amor tem sua vez pra imperar
Despindo toda a ambição
Tingindo na pele sua tradição
Na roda viva do tempo, dançou
Todo o povo e enfim festejou
E a natureza floresceu
A cura para o mal resplandeceu

SALÕES NA FLORESTA
AVES EM ORQUESTRA PARA FESTEJAR
A SETOR 1 É A MINHA PAIXÃO
PAIXÃO TUPINAMBÁ!!

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes - Gabriel Saracura

Abeguar vai me guiar
No imenso mar,na Escuridão
Sigo rumo ao Paraíso
Velho Gigante,que padece à ambição

Terra de Estranha natureza
Dizimada pelo Homem
Sob as ordens da riqueza


Irmãos
A União fará nascer a nova era
Ao Evocar velhos espiritos da Terra
Contra as forças da Escuridão
Afasto com som do Tambor a Tristeza
Meus ritos revestem Veneza
Para o Velho Mundo transformar
Regressam os Filhos a Mata
Na volta da História
Na Roda a Girar

E desse canto Anhanga ouvirá!(Bis)

Vai Clarear Tupã
Trovão na Mata,rito de fé
A Grande Revelação
Abençoada na palavra do Pajé

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sambas Concorrentes: Arthur Macedo e Imperial



Um dia sobre o chão de manto verde
Onde o próprio tempo se perdeu
E o sol fez do céu sua morada
A lua em mil noites floresceu
Num ritual dabacury
Deus do trovão diz que é tempo de partir
Trevas engolem a terra
Do outro lado do mar...lá do mar
Xamã invoca sua tribo
A mística Tupinambá
Guerreiros contra a sanha de Anhangá

Ê CACIQUE
BRAÇO FORTE É MISSÃO CONSTRUIR
UMA ARCA, UM SONHO: BOIÚNA MBARÁ
Ê CACIQUE
LEVE A COR DESSA VIDA PRA LÁ
E RETIRE A MALDADE QUE NÃO QUER CESSAR

E ao cintilar...a cobiça e a dor OOO
Em templos de pedra murmuram ruínas pela redenção
Que chega pelas mãos da milenar sabedoria
Sem arcabuz, sem sangue, sem covardia!
E com o som dos maracás
Despertam forças ancestrais
Ira divina expulsa a maldade
Lança raízes para eternidade
Das matas, a cura
Pro corpo, pra alma
Beleza nativa... romance de mistura e glória
Dança gira a ciranda
Tambores tocam por Veneza
Ó tempo rei... risca o caminho pro regresso acontecer
Na face do irmão que descobri
Vi o espelho de onde vim

Ó DEUS TUPÃ FAZ RESSOAR
NA SETOR 1, DENTRO DE MIM
ESSE CANTO A ECOAR:
“TENONDÉ, OMÃNÊ, NHANDEXY”

Sambas Concorrentes: Luis Butti



Despertai !
Alvorada aos filhos do mato, imenso Senhor
De um povo que em Dabacury então encontrou
Que sonhava um dia em ver Astro Rei acordar
Foi preciso navegar (bis)
Xamã Tupinambá... é batuque, é louvação !
No véu de Abeguar...”reza” a lenda em redenção
Em noite fria...que o urucum tingia
O desconhecido, escondido por Tupã
E assim reluzia a ruína na manhã
Dança guerreiro, ao som do natural
Quero renascer a noite, sem a dor do açoite ao serviçal
E assim...plantai a sua raiz e se faz liberdade
Escreve a sua história deixando a maldade
Presa na corrente de uma eterna cicatriz
Faz eterno sonho recriar e ser feliz
E hoje...em verde e rosa é herança
Faz da ciranda a pajelança
Bendito é o fruto da miscigenação
A história do contrário, perfeito relicário
Mas o tempo não levou
Em páginas caboclas, a sabedoria
Que a Setor 1 eternizou

ÔÔÔ...ÔÔÔ
Tupinambá ouvirá deste canto
Derramando o seu acalanto
Que faz a falange assim renascer (bis)

Sambas Concorrentes: Thiago Meiners e Rodrigo Oliveira



Verde era a cor da Fantasia
Num toque de magia o tal lugar

Meu samba que viaja em poesia
Com um toque de alquimia a encontrar

Avistou a terra de medo e escuridão
Encontrou o azul do mar e a imensidão
O domínio de Anhangá e a liberdade

Mistérios de um mundo de ilusão

E sob as bênçãos das águas
Os guerreiros vão cruzar o mar
Alçar no véu de Abeguar

Meu horizonte não conhece a natureza
O paraíso da maldade é revelado por Tupã
O luxo dos arautos, o domínio da nobreza
O povo em busca de um novo amanhã

No céu brilhou
A força da Terra ao som dos Maracás
Liberdade num sonho dos ancestrais
Pra ensinar sabedoria natural
A cura pra vencer o mal

Pajé que dança em seu ritual

Já clareou...
Iluminando o meu olhar
O canto de paz ecoou
Nesse samba de amor
A força que vem de Anhangá